Divisão socioeconômica – América Latina

Embora os problemas sociais, econômicos e políticos que atingem os países latinos sejam basicamente os mesmos, eles apresentam algumas diferenças que permitem distribuir esses países em quatro grandes grupos.
Grupo 1: engloba países com graves problemas econômicos, mas sem grandes desníveis sociais.
Cuba, a única nação socialista do continente;
Panamá, em cujo território foi construído um canal ligando o Atlântico ao Pacífico, o que acarretou a interferência norte-americana na região, já que foram os Estados Unidos que construíram esse canal e obtiveram o domínio da faixa territorial.
Costa Rica, que difere de seus vizinhos pelo baixo índice de analfabetismo, baixa taxa de mortalidade infantil e ampla democracia política.
Argentina, Uruguai e Chile, os mais meridionais do continente, que formam o chamado Cone Sul. Em comparação com o restante da América Latina, esses países apresentam reduzidas taxas de analfabetismo, elevado percentual de estudantes universitários e satisfatórias condições de moradia, de atendimento médico-hospitalar e de alimentação, guardando até mesmo muitas semelhanças com países do sul da Europa.


Grupo 2: reúne países com acentuadas diferenças sociais e econômicas entre o meio rural e o urbano.
México, Brasil, Colômbia e Venezuela. Todos têm grande extensão territorial e revelam sensível disparidade entre o meio urbano — industrializado e desenvolvido, embora com bolsões de pobreza — e o meio rural, no qual a maior parte das terras concentra-se nas mãos de poderosos latifundiários e a população camponesa geralmente e muito pobre, mal alimentada e quase sempre analfabeta.

Por apresentarem essa divisão tão nítida, são chamados países de contrastes. A zona rural, devido à influência das grandes cidades, sofre contínuo esvaziamento, que tem como conseqüência imediata o excesso de população urbana e a formação de cortiços e favelas.

A Colômbia tem enfrentado um sério problema: o combate a produção e ao tráfico de drogas, especialmente cocaína. Num país com tamanhos desníveis socioeconômicos, essa atividade, que movimenta somas milionárias, tem dominado e envolvido grandes parcelas da população.

Grupo 3: Enquadram países pobres, de estrutura social e econômica arcaica:
Na América do Sul: Equador, Peru, Bolívia e Paraguai;
Na América Central: El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Jamaica, Haiti e República Dominicana.
Os integrantes desse grupo têm como características renda per capita geralmente muito baixa, graves problemas de subnutrição, altas taxas de natalidade e de mortalidade, sobretudo infantil, elevados índices de analfabetismo, desigual distribuição de terras e, conseqüentemente, de riqueza e de poder.

Grupo 4: Ou são territorialmente minúsculos, apresentando área total muitas vezes equivalente à de um município brasileiro, ou têm população absoluta pequena, geralmente inferior a um milhão de habitantes, ou ambas as coisas. Nesse grupo podemos incluir:
Guiana e Suriname, na América do Sul;
Belize, na América Central;
E os seguintes países das Antilhas: Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Dominica, Granada, Santa Lúcia, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas e Trinidad e Tobago.

Esses países, devido ao seu tamanho, ocupam uma posição especial entre os países subdesenvolvidos da América Latina, com problemas de natureza diferente daqueles dos países com grande área e população. A maior parte deles tornou-se independente nos últimos vinte anos, depois de séculos de colonização européia. Sua atividade econômica de maior destaque é o turismo, a monoexportação de produtos agrícolas (banana, cana-de-açúcar, etc.) ou a exportação de algum mineral valioso.

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